quinta-feira, 12 de maio de 2011

ARTIGO: SOCIEDADE ENFERMA




Das reclamações principais desses tempos bicudos, o atendimento do Sistema Único de Saúde detém a taça no campeonato das filas enormes, dos meses a fio de espera pelos exames, dos médicos assoberbados de funções e responsabilidades, além dos custos altos de medicamentos, seguidos de outros fatores ligados ao tema preocupante da paz orgânica, hospitais sucateados e novas unidades milionárias em construção; tudo a contar da onda dos procedimentos infinitos, nas salas de cirurgia. Enquanto crescem os números da obesidade mórbida, dos males sem cura, da diabete, dos estados terminais, nada parece alterar o sentido e as causas de tantos problemas na saúde pública. Vive-se fase de graves incidentes clínicos, nos diferentes segmentos da grande população.

Contudo, a natureza segue disponibilizando leis ideais, clima correto e alimentos puros, que restam abandonadas pelos cantos. Há uma nuvem de ignorância alimentar que destrói pela raiz a harmonia dos elementos, no trato e na utilização dos recursos naturais, isto não só quanto ao corpo das pessoas, mas também no seio das próprias instituições sociais. Excessivos processos aguardam andamento nos estamentos jurídicos, burocracia corrói a paciência do cidadão nas repartições públicas, os parlamentos arrastam decisões importantes décadas seguidas, sem conduzir as reformas inevitáveis do melhoramento do Estado nacional; e as bases políticas encharcam com escolhas equivocadas de líderes inautênticos as administrações, o que apenas agrava a problemática, invés de trazer soluções atualizadas aos grandes males do atraso histórico de um País inteiro.

Desafios tais exigem, pois, decisões individuais e criatividade jamais reclamadas noutras épocas. Atravessa a humanidade trecho delicado quanto às respostas ainda em estado embrionário, entretanto significa uma das características da existência humana descobrir as alternativas que melhor definam os acontecimentos e o progresso.
A definição fundamental representa tocar adiante o comboio das interrogações de olhos abertos ao futuro, sob o crivo da positividade, mesmo porque desistir e sofrer antecipado pouco representaria em termos de tranquilidade e aprimoramento das gerações chegadas ao poder.

Haverá sempre meios disponíveis a que recorrer, através do trabalho, da coragem e da educação. Buscar a consciência desses impasses compõe a missão de todos. Primeiro passo, reconhecer as mudanças a serem impostas o quanto antes. Depois, agir qual hoje representasse o ponto zero das grandes transformações salvadoras, nas mãos de toda pessoa. Crer e promover a correção dos rumos utilizados, e que produzam frutos abençoados.

A propósito disso, afirmou, com imensa coerência, o líder indiano Mahatma Gandhi, responsável pela independência do seu povo: Seja você mesmo a mudança quer para o mundo.

Por Emerson Monteiro
Escritor, advogado, jornalista e colunista do site e jornal Contraponto Cariri


imagem: professorflavioaragao.blogspot.com

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